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Eu escrevi poemas, derramei lágrimas
Não é de bom tom você não aparecer
Ouvi músicas, pensei em tatuagens,
Que ser humano não se comoveria com tatuagens?
Parei de te seguir por respeito,
Eu queria era encontrar nem que fosse um parente seu
eu ia abraça-lo tão forte que estremecesse  sua árvore genealógica
Pra que você me sentisse

Tua boca de gelo
Tuas mãos amarradas
Os olhos perdidos em algum lugar dessa aurora

Eu muda
Gritando sangue e muda
Falando baixo e muda
Silenciosa e muda

Eu não chego na sua corte
Não ando na sua guia, pé ante pé, esticando os braços pra me equilibrar
Eu não caibo em nenhum dos potes de plástico do armário da sua cozinha
Menos ainda os de margarina

Me mudo
Nova casa
Mudo
Nova vida
Mudo
Como vai?
Mudo
Silenciosa
Mudo.

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