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Exposta

Olha, pra quem nunca tinha se sentido assim estou me saindo muito bem.

Quase não bebi,
ainda não me droguei,
álcool não conta
Não na minha lei

As ausencias, as penitencias, todas as minhas carências.
Eu nem ia mais escrever pra não ser cafona,
tudo que sai de mim é lamento,
Eu queria manter as aparências,
não queria que viesse a tona.

Até semana passada estava tudo bem.
Essa semana eu já aceitei.
semana que vem ja superei
Na proxima, então eu volto a chorar.

Não valho um vintém,
nem sei onde me enfiei,
por mais que eu diga que melhorei
Eu volto a te procurar.

Já nem faz sentido te esconder nos meus versos,
é tudo sobre você, mesmo,
eu aqui andando a esmo,
tentando rimar sem dar pala,
sem expor minha ferida,
abraçando estrangos pra me sentir querida,
rondando na espreita, espiando sua vida,
Uma coitada vazia
que ri e quase acredita nessa fantasia.

Esse verso é pra sangrar,
pra expurgar,
pra me fazer parar de pensar,
pra deixar toda essa água rolar.

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